Cláudio Martins deu os primeiros passos na programação quando tinha 16 anos. Naquela época, ainda não havia a facilidade de aprender através da internet e foi nos livros que ele buscou conhecimento.
Hoje, à frente da agência F12, o desenvolvedor recorda que começou a desenvolver por necessidade. Apesar de ter começado os estudos em programação aos 16, foi aos 18 que se deparou com o primeiro desafio.
Cláudio trabalhava na parte de suporte de uma empresa e observou que os colaboradores precisavam fazer cálculos dos chamados que haviam atendido.
Como era complicado calcular as horas dedicadas em uma determinada tarefa, a equipe perdia muito tempo fazendo contas. Foi quando ele decidiu desenvolver um sistema que resolvia esse problema.
Foi a partir daquele instante que notou que não queria ficar na parte de infraestrutura, e sim migrar para o desenvolvimento.
Antes de abrir o próprio negócio, trabalhou em empresas grandes e pequenas atuando tanto no backend como no frontend, e aos poucos foi migrando mais para backend, especialidade da sua atual empresa.
O chamado para empreender
A vontade de ter seu próprio negócio veio em 2018. Cláudio avaliou que era o momento de arriscar e abriu a Agência F12, especializada em desenvolvimento de softwares.
“No início foi um pouco complicado. Eu queria evoluir na profissão, tinha começado como freelancer e os projetos foram aumentando. Consegui alguns clientes e notei que a mesma coisa que ganhava na empresa, eu conseguia ganhar como freela”.
Era o momento de virar a chave e começar a empreender. Ele lembra que trabalhava boa parte sozinho desenvolvendo os projetos e tinha o apoio de alguns freelancers.
Nesses três anos de agência, as coisas melhoraram bastante e agora eles passaram a contratar mais pessoal.
Ele conta que sempre buscou, ao longo da sua trajetória como dev, aprender diferentes linguagens.
Contratar: a maior dificuldade
Segundo Cláudio, o maior desafio para quem empreende na área de desenvolvimento é contratar.
“Mesmo quando você consegue contratar, é difícil manter o profissional, porque o mercado está muito aquecido e a gente compete com grandes empresas”, ressalta.
A defasagem do mercado de TI é tão desproporcional que grandes empresas contratam desenvolvedor júnior com o valor de sênior para conseguir suprir as demandas.
Um dos diferenciais da Agência F12 é conseguir manter bons talentos por trabalhar com tecnologia de ponta, como Ruby/Rails, Elixir, Kubernetes, Docker entre outras.
De acordo com Cláudio, a empresa tem uma gama de desenvolvimento bem atual, e isso para o dev é bem importante, pois ele tem a chance de trabalhar com tecnologia nova e adquirir experiências que vão agregar positivamente em sua carreira.
Tendências de mercado
Cláudio observou que a pandemia intensificou ainda mais alguns setores que acabaram fomentando o mercado de TI.
Entre as tendências que ele aponta como promissoras são:
E-commerce:
Com a quarentena implementada na pandemia, muitos comerciantes e lojistas precisaram correr para se adaptar à nova realidade. Claudio notou o crescimento do e-commerce durante esse período e avalia que a tendência é aumentar ainda mais.
“Facilita muito o cliente poder comprar o seu produto de qualquer lugar. Antes, alguém tinha que passar na frente da sua loja para se deparar com algo, e hoje ela encontra na internet muito rapidamente”.
Além disso, ter uma loja online permite ao lojista trabalhar com uma gama maior de produtos, ao contrário da loja física que precisa ter um estoque. É possível acertar um contrato com o fornecedor e ele mesmo fazer a entrega, sem que você precise ter um estoque.
Streaming
Além do boom dos streaming de séries e vídeos, tendem a crescer as transmissões ao vivo de jogos e eventos esportivos. E o papel dos programadores está em oferecer plataformas particulares e que entreguem ao cliente vantagens que ele não encontra nos meios de transmissão gratuitos.
“Por exemplo, é possível programar uma plataforma particular com um conteúdo mais interativo, por exemplo, oferecer um produto no meio da transmissão de um jogo esportivo e o telespectador poderá clicar e adquirir o produto na hora”.
Cursos online
Outra tendência que cresceu durante a pandemia, e tende a aumentar, são os cursos online. Muitas pessoas estavam estudando presencialmente e tiveram que mudar para o online.
As escolas e instituições de ensino precisam de uma plataforma que torne o ambiente acadêmico mais dinâmico e fácil para os estudantes, e aí entra o papel do desenvolvedor.
Esse tipo de tecnologia torna a vida dos alunos mais fácil, pois poderão estudar de casa, sem precisar se locomover e enfrentar trânsito.
Dicas para quem está iniciando
E para quem pretende aprender a programar, ou está iniciando na profissão, o CTO deu algumas dicas bem legais, confira só:
- Tenha disposição para resolver os problemas e encontrar novos caminhos;
- Não fique dependendo muito dos outros, simplesmente faça;
- Não foque em apenas uma linguagem. Não precisa ser expert em tudo, mas é importante saber um pouquinho de cada.
- Não tenha medo de errar. Comece e vá fazendo, se errar, volta e faz de novo. Melhor do que nem começar.
- Não tenha apego ao seu código. Se tiver que apagar 300 vezes, apague. Faça de novo, pois é sempre possível melhorar. Você não precisa de uma obra prima, mas sim um código que funcione e não tenha falhas.
Para saber mais sobre a Agência F12, visite o site: https://www.agenciaf12.com.br